O Estado da Bahia recebeu recentemente um novo carregamento de 104 ampolas do antídoto fomepizol, medicamento essencial no tratamento de intoxicações por metanol, geralmente associadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. A entrega foi realizada pelo Ministério da Saúde na quinta-feira (9). Alguns dias antes, em 4 de outubro, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) já havia obtido 90 ampolas de etanol farmacêutico, também utilizadas no tratamento desses casos

Considerado um medicamento raro, o fomepizol tem produção limitada no mundo, e o governo federal permite que os estados solicitem novas remessas conforme a demanda e o registro de ocorrências. Atualmente, nenhum caso suspeito de contaminação por metanol está em investigação na Bahia. As três notificações registradas anteriormente — em Feira de Santana, Salvador e Irecê — foram todas descartadas após análise das autoridades sanitárias.

Em Tucano, região do Sisal, a Secretaria Municipal de Saúde também eliminou a hipótese de intoxicação por metanol. Um homem de 52 anos havia sido internado no Hospital Municipal Mariana Penedo com sintomas compatíveis com a contaminação, mas o exame realizado pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) comprovou que não havia presença da substância.

O caso mais grave investigado ocorreu em Feira de Santana, onde Marcos Evandro Santana da Costa, de 56 anos, morreu na madrugada de 3 de outubro após dar entrada na UPA da Queimadinha. Segundo familiares, ele tinha histórico de alcoolismo e foi encontrado em casa com palidez e perda de consciência.

Em Salvador, também foi levantada uma suspeita de intoxicação por consumo de bebidas adulteradas no mesmo período, que acabou sendo descartada. Já em Jacobina, uma suspeita envolvendo um homem de 24 anos foi investigada pela Secretaria Municipal de Saúde, após sua internação na UPA local com sintomas semelhantes. No entanto, o paciente apresentou rápida melhora clínica, e o quadro foi considerado incompatível com os critérios definidos pelo Ministério da Saúde, confirmando a ausência de metanol.

Os registros de Jacobina e Tucano não chegaram a constar no levantamento oficial do Ministério da Saúde.

Fonte: Jornal Correio

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