ELEIÇÕES 2022: LULOPETISMO VERSUS BOLSONARISMO

Por José Antonio Valois – @joseantoniovalois

“O culto dos heróis é mais forte onde a liberdade humana é menos respeitada”. (Herbert Spencer)

Caro leitor, sejamos sinceros aqui. Aponte apenas uma ideia do plano de governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT) ou de Jair Bolsonaro (PL)?

Pouquíssimas pessoas que eu conheço escolheu seu candidato à presidência da República por causa de seus projetos ou soluções para os inúmeros problemas do Brasil.

A polarização entre Lula e Bolsonaro se consolidou desde quando o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações do petista.
A eleição ganhou contornos de time Lula versus time Bolsonaro. Cada fã de um desses dois políticos se comportou com torcedor fanático por seu time (político) de estimação.

O finado consultor político Carlos Manhanelli dizia que “quando se tinha uma campanha de reeleição, ela era plebiscitária”.

No segundo turno, os eleitores não tendem a escolher o candidato que consideram melhor. Pesa muito também em suas escolhas evitar que o “pior” candidato vença.

As pesquisas apontavam Bolsonaro com 38% de avaliação ótima ou boa do governo seu governo e 39% avaliavam como ruim ou péssima sua gestão.

No quesito rejeição, 50% dos eleitores diziam que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum.

Diante desses dados, a matemática falou mais alto que a política e suas narrativas.

Abre-se as urnas e Lula obtém 50,90% dos votos válidos e Bolsonaro 49,10%.

Ficou evidenciado que faltaram 2 coisas ao único presidente que não conseguiu se reeleger após o advento da reeleição: melhorar a avaliação do seu governo e diminuir sua rejeição.

Perceba caro leitor que, em 2022, houve um recorde na reeleição de governadores. Dos 20 que tentaram a reeleição, 18 tiveram sucesso. Informação que reforça o conceito do professor Manhanelli.

Mesmo com o resultado das urnas, o país ainda vive um clima de animosidade, não só pelas manifestações em estradas e em frente aos quarteis. Mas também pela pequena diferença de vantagem que Lula teve no pleito. Apenas 1,8%. A menor diferença da história.

Lula venceu em 13 estados brasileiros e Bolsonaro em 14.

O clima estava tão acirrado que até a abstenção diminuiu do primeiro turno para o segundo turno. Fato muito incomum, o que me leva a crer que muita gente que não queria a vitória de Lula comparecesse às urnas. E também aqueles que não queriam a vitória de Bolsonaro fossem votar.

“E agora, José?” – diria o leitor mais bem humorado…

Bom, agora a bola está com Lula. Somando as abstenções mais os votos em Bolsonaro, temos mais de 90 milhões de eleitores que não votaram no petista. Somado ao clima de terceiro turno. Lula terá que dialogar com muitos setores para buscar governabilidade e manter a retomada do crescimento de forma responsável.

Teremos Bolsonaro como maior opositor de Lula? Talvez. Ele tem um capital político que será disputado por muitos políticos em 2026. Caberá a Bolsonaro manter o moral da tropa…(Desculpem o trocadilho…)

Encerro aqui desejando que em 2026 tenhamos uma eleição menos personalista. Que nesse intervalo de tempo não se crie um herói para ser candidato a presidente. Que nesses próximos 4 anos as pessoas possam avançar nas discussões políticas e falar mais de ideias.

Espero que as pessoas estejam cansadas do Getulismo ou Varguismo, do Carlismo, do Malufismo e também do lulopetismo e Bolsonarismo.

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