
Em 18 de agosto deste ano, ao comentar os meandros intrigantes da política jacobinense, escrevi um artigo intitulado “Os enigmas por trás do beijo de Jerônimo em Mariana”. Na ocasião, narrei o episódio de um beijo afetuoso entre o governador Jerônimo Rodrigues e a pré-candidata do PT à prefeitura de Jacobina, Mariana Oliveira, durante uma visita ao município de Antonio Gonçalves.
Naquele momento, comentei que aquele gesto não era simplesmente um beijo, mas uma mensagem cifrada, um prenúncio de alianças e um indicativo do que estava por vir. Sugeri, entre as sombras das interpretações, que Jerônimo Rodrigues poderia estar lançando, de maneira silenciosa, seu apoio à pré-candidatura de Mariana Oliveira.
No último domingo, 19 de novembro, o governador retornou à região, desta vez em Pindobaçu, e mais uma vez Mariana Oliveira estava presente. Surpreendentemente, a cena do beijo se repetiu. Nas redes sociais, Mariana compartilhou: “Além de ótimo governador, é uma pessoa atenciosa e carinhosa com seu povo. Ganhei outro beijo de Jero agora em Pindobaçu”.
Essa publicação já está gerando murmúrios nas rodas de conversa sobre a sucessão municipal em Jacobina. Sob o título de “Os enigmas do beijo II”, o afetuoso gesto do governador para com Mariana Oliveira está sendo interpretado no meio político como uma possível sinalização do apoio estatal à candidatura da petista à prefeitura de Jacobina.
Como diria o estrategista Maquiavel, “A política tem pelo menos duas caras. A que se expõe aos olhos do público e a que transita nos bastidores do poder”. Essa dualidade parece ecoar nos corredores da política local, onde gestos aparentemente simples revelam caminhos mais complexos e estratégicos.
A sociedade jacobinense agora se vê diante de uma dança política, na qual cada gesto e palavra ganham proporções que transcendem o óbvio. Enquanto os olhares se voltam para o palco público, os bastidores tornam-se o verdadeiro espetáculo, onde as peças se movem de forma calculada, guiadas por intenções e estratégias que podem moldar o futuro político da cidade.
O beijo, antes encarado como um gesto trivial, transformou-se em um símbolo carregado de significados políticos, deixando a população em suspense, à espera de desdobramentos que só os bastidores dessa trama revelarão.
João Batista Ferreira – é radialista/jornalista, bacharelado em Serviço Social.
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