O presidente do Diretório Municipal do PSOL em Jacobina, Valessio Brito, se manifestou sobre a recente localização de equipamentos hospitalares pertencentes ao patrimônio da Prefeitura, encontrados em uma residência particular no bairro Inocoop. De acordo com Valessio Brito, esse episódio representa apenas “a ponta do iceberg” de um possível esquema maior. “Não poderia ficar em silêncio diante do que é a ponta do iceberg. Por que é a ponta do iceberg? Porque é o que conseguiram ver, conseguiram identificar”, afirmou o presidente do PSOL.
Valessio Brito também questionou as condições que possibilitaram o desvio de bens públicos e afirmou que a investigação deve ser ampliada para apurar os responsáveis. “Uma pessoa sozinha não consegue fazer transferência de tantas coisas para o outro lado da cidade, para dentro de uma casa. Então, é preciso que se apure, se investigue, quem autorizou, quem transportou, quem achou que não viu os equipamentos sendo retirados do Hospital Antonino Teixeira Sobrinho”, destacou. O presidente do PSOL ainda criticou a situação da saúde no município, afirmando que “a saúde de Jacobina vem se afundando há muito tempo”.
Em tom de cobrança, Valessio Brito questionou a atuação dos vereadores da cidade. “Aonde estavam os nossos vereadores e vereadoras para fiscalizar?”, indagou, relembrando que, durante a gestão passada, o PSOL havia solicitado a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tema, mas a proposta não foi aceita. Valessio Brito pediu que os cidadãos de Jacobina pressionem seus representantes na Câmara Municipal. “Gostaria de pedir aos cidadãos e cidadãs de Jacobina, que liguem para os vereadores que vocês votaram e digam que querem a CPI de saúde”, concluiu.
O presidente do PSOL destacou ainda a importância de uma investigação detalhada sobre as aquisições de equipamentos nos últimos anos. “É preciso fazer uma ampla investigação, que possa esclarecer tudo que aconteceu nesses últimos oito, dez anos. Que esclareça o que causou essa crise na saúde pública em Jacobina”, afirmou. Segundo ele, a análise dos contratos de aquisição e o rastreamento de bens, seja um telefone celular ou um aparelho de ultrassom, podem identificar os responsáveis por possíveis irregularidades. “Uma CPI vai identificar os responsáveis, colaborando com o trabalho da Polícia Civil e também da Polícia Federal”, acrescentou. Para Valessio Brito, Jacobina não pode continuar sendo prejudicada por aqueles que se aproveitam dos recursos públicos. “Jacobina não pode ficar à mercê de pessoas que se locupletam, que enriquecem com recursos públicos”, concluiu.
Até o momento, nenhum vereador ou vereadora, seja da situação ou oposição, se pronunciou sobre a possibilidade de instalação de uma CPI de Saúde em Jacobina.
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