
Em setembro de 1995 quando, após assaltar o hotel Samburá, em Feira de Santana, Bahia, Leonardo Pareja manteve como refém por três dias uma garota de 16 anos, Fernanda Viana, sobrinha do então senador Antônio Carlos Magalhães. Neste episódio, Leonardo começou a ganhar fama de audaz ao negociar com a polícia coberto por lençóis de maneira a impossibilitar a atuação de atiradores de elite.
Após libertar a garota, passou mais de um mês fugindo da polícia e enquanto isto dava entrevistas às rádios e televisões, sempre debochando e desafiando a polícia. Às vezes chegava a anunciar a ida em determinado município, mas sempre conseguia escapar.
Depois de um mês de perseguições, Pareja foi preso pela polícia. Em abril de 1996, no então Centro Penitenciário de Goiás (Cepaigo), em Aparecida de Goiânia, Leonardo Pareja comandou uma rebelião de sete dias. Ao final das negociações, ele e mais 43 detentos fugiram após fazer várias autoridades como reféns, inclusive o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, o desembargador Homero Sabino.
Pareja conseguiu fugir ao fim da rebelião levando seis reféns. Durante a fuga, ele parou em um bar, deu autógrafos e comprou cigarros e bebidas. Leonardo foi recapturado um dia depois, em um posto de combustíveis de Porangatu, no norte do estado.
Em 9 de dezembro de 1996, Leonardo Pareja foi morto a tiros por detentos dentro do presídio, após informar à direção do Cepaigo um plano de fuga de alguns presos, o qual se daria através de um túnel cavado no presídio.
O documentário ‘Vida Bandida: Leonardo Pareja’
Há uma produção audiovisual marcante sobre sua trajetória: o documentário ‘Vida Bandida: Leonardo Pareja (1996)’, dirigido por Régis Faria, com narração de Reginaldo Faria. Nele, Pareja aparece em entrevistas próprias, assim como sua mãe adotiva e internos do presídio do Cepaigo, onde esteve encarcerado. O documentário inclui ainda cenas dramatizadas — entre elas, atuação de Maurício Branco representando Pareja —, e aborda tanto os fatos públicos quanto nuances menos conhecidas de sua personalidade, como seu discurso crítico em relação ao sistema prisional e sua postura de confronto com autoridades.
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