*Por Gervásio Lima –
‘Justificar um erro é errar duas vezes’. Uma verdade sincera e sábia absolvida apenas por quem prega a humildade e possui a capacidade de reconhecer suas falhas, fazendo uma autocrítica ao analisar os seus próprios erros sem apontar outras alternativas de culpa, como encontrar um bode expiatório.
Uma das atitudes mais medíocres e covardes é tentar apontar o erro de alguém como se isso fosse capaz de diminuir ou justifica o próprio erro. Mas fulano também fez e sicrano fez pior… Um erro não justifica o outro, fato.
O que mais se ouve ultimamente são discursos fraudulentos, tendo como pano de fundo a imagem da família e da religião, usando levianamente o nome de Deus para valorizar os mais bizarros comportamentos. Nunca se viu tanto falsos profetas e paladinos da moralidade pregando uma coisa na teoria e pecando nas atitudes, na prática. Muitas são as falas ‘de boca para fora’.
Mas como diz o ditado popular, ‘quem fala demais dá bom dia a cavalo e muitos têm aberto a boca quando deveria ficar calado. A verdade está em extinção e, o pior, os que mais pregavam a realidade viajam literalmente numa espécie de nave carregada de mentiras e enganações com delírios e destino incerto.
Comportamentos toscos, misturados de barbáries, estão apresentando à sociedade sujeitos que em um certo momento foram considerados pessoas normais, empáticas, solidárias e de paz, mas que hoje, incentivados e espelhados por seus verdadeiros semelhantes, espalham o ódio e o medo aos que ousarem discordar daquilo que defendem. As relações humanas não são mais as mesmas, isso tem assustado os indivíduos do bem.
Quem conhece ou presenciou a história brasileira a partir de meados da década de 1960 até meados da década de 1980 estão vivendo um ‘Déjà Vu’.
*Jornalista e historiador