Sabido era o chimpanzé

*Por Gervásio Lima

Reza a lenda que nos lugares mais secos da África para se encontrar um local com a presença de água se prendia um chipanzé por dias, e quando o soltava era só o seguir que encontraria o precioso líquido, pois o mesmo iria direto para uma ‘fonte conhecida’. Sendo verdade ou não, seria uma excelente, mas criminosa, estratégia, uma clara demonstração de maus tratos com um animal.

É de fácil imaginação, usando como exemplos cotidianos, que os praticantes deste macabro método de utilizar o sofrimento alheio para amenizar o próprio, não se penalizavam por tal atitude, por considerar o que pode se chamar da ‘lei da sobrevivência’ ou instinto, uma constante luta pela continuidade da existência. Isso é fato desde a época das cavernas.

O uso de táticas para a garantia da vida vem desde os primórdios. O aprendizado e a evolução humana marcaram a história da existência na terra. Corrobora esta afirmação a espécie à qual pertencemos, o Homo sapiens, que desde o seu surgimento, há cerca de 300 mil anos, já ‘se virava’ para se manter vivo, utilizando da sua habilidade em caçar e cozinhar a carne de suas ‘presas’.

O antigo ditado popular ‘procurar a rudia onde quebrou o pote’ (atribuir a autoria de algo ao seu verdadeiro autor) surge como uma forma de validar a sabedoria popular, que não seria o caso específico do chipanzé (a vítima), mas daquele que ao mesmo tempo é detentor da inteligência e de ausência do conhecimento.

É natural, elogiável e humilde, recorrer àquele ou aquilo que aponte a solução que se procura. Pedir ajuda não ranca pedaço de ninguém (mais um ditado), ao contrário, fortalece o espírito coletivo, melhorando as relações entre os semelhantes.

Agora, usar ‘a lei do mais forte’ como álibi para tirar proveito, do que quer que seja, se valendo da posição que esteja, da função que exerça ou da condição financeira que possua, é mau-caratismo, comportamento típico do covarde.

As relações sociais serão mais efetivas e sadias quando o respeito pelas diferenças e a irmandade passem a ser reconhecidos e praticados na sua essência, onde a sobrevivência seja o significado do dever cumprido (sem usura, sem inveja e sem violência) do ser humano durante sua passagem pelo mundo.

*Jornalista e historiador

Atenção: os artigos deste portal não são de nossa autoria e responsabilidade.
Nós não produzimos e nem escrevemos esse artigo qual você esta lendo.

Entenda: nosso site utiliza uma tecnologia de indexação, assim como o 'Google News', incorporando de forma automática as notícias de Jacobina e Região.
Nossa proposta é preservar a história de Jacobina através da preservação dos artigos/relatos/histórias produzidas na internet. Também utilizamos a nossa plataforma para combater a desinformação nas redes (FakeNews).

Confira a postagem original deste artigo em: https://noticialimpa.com.br

Em conformidade com às disposições da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018) e às demais normas vigentes aplicáveis, respeitando os princípios legais, nosso site não armazena dados pessoais, somente utilizamos cookies para fornecer uma melhor experiência de navegação.