Síndrome de Estocolmo

* Por Gervásio Lima

A escolha é livre, é uma ação pessoal e deve ser respeitada, mesmo quando esta vai de encontro a princípios éticos, étnicos e religioso. A tentativa de persuasão se torna um crime moral quando a partir de ameaças se inibe determinadas tomadas de decisões. A capacidade do discernimento pode até ser um empecilho em alguns momentos, mas a distinção daquilo que está posto não é dificuldade nem para o pior dos incautos.

Existem os que humildemente acreditam que precisam aprender e os que pensam que sabe de tudo, os famosos ‘sabichões’. Estes últimos, aproveitando de limitações ou de momentos em que indivíduos demonstram precisar de apoios, principalmente de ajuda emocional, investem literalmente na promessa da cura dos mais variados problemas.

Ser contra as ojerizas daqueles que se espera comportamentos diferenciados é um sintoma de sensatez, de juízo e capacidade cultural. O sádico muitas vezes se disfarça de satírico para enganar os mais desavisados. Geralmente escondem-se atrás do que a sociedade considera como pilares da vida – a família e a religião.

Situações patéticas se tornaram comuns aos olhos e entendimentos dos que enxergam a figura de um palhaço como um ser inocente e apenas comprometido em fazer graças. Mas ao conhecer histórias macabras de figuras que se passavam por palhaços para matarem, é possível compreender com preocupação determinados comportamentos.

Na década de 1970, nos EUA, um dos seriais killers mais horrendos da história se apresentava como palhaço em eventos, como festas infantis. Era John Wayne Gacy,  conhecido como uma figura amigável, prestativa e popular por grande parte das pessoas. Gacy, o ‘palhaço assassino’, conquistava grandes grupos de amigos com seu charme, desenvoltura e inteligência. Ele foi condenado à pena de morte depois que se descobriu que o mesmo havia abusado sexualmente e matado mais de trinta jovens

Neste momento nebuloso por que passa todo o mundo, faz-se necessário conhecer e evitar a ‘Síndrome de Estocolmo’, caracterizada por um estado psicológico de intimidação, violência e abuso do agressor contra a vítima, porém, em vez de repulsa, a vítima cria simpatia e até mesmo um forte laço emocional de amizade ou amor pelo agressor.

É bom sempre lembrar que no ferido a cicatriz remonta ao sofrimento.

*Jornalista e historiador

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