Quem chora ainda lembra

*Por Gervásio Lima –

É quase que unanimidade a opinião de que não se deve dar uma segunda chance a quem não merecia nem a primeira. Não seria uma lógica, por cada situação ter a sua particularidade, mas, em se tratando de política, principalmente dos que estão ou já tiveram exercendo algum cargo eletivo, fica fácil compreender o tamanho do prejuízo em insistir em um erro cuja conta pode impedir até mesmo de comer frango ou galinha.

Uma frase bastante usada nas redes sociais, com um significado muito forte, diz que “às vezes, dar uma segunda chance a algo ou alguém, é como querer receber outra bala porque a primeira não matou”. Tal expressão pode não condizer com a realidade, sendo criticada inclusive por sua ‘apologia balística’ e por remeter a um passado não muito distante e sombrio, mas manifesta quase que didaticamente um sentimento vivido normalmente por populações que amargaram más gestões públicas.

A capacidade de perdoar e dar uma nova oportunidade a alguém, mesmo após ter sido prejudicado por essa pessoa, é um ato sublime, desde quando esse perdão não venha por meio de um voto, de uma nova possibilidade de escolha. O masoquismo não se justifica em nenhum momento da vida do indivíduo, – portanto não deve ser no processo eleitoral, onde os coadjuvantes muitas vezes são treinados para persuadirem e para agirem como estelionatários, enganando as vítimas para obterem vantagens, neste caso, mandatos -, que ele seja aplicado.

A partir do advento da internet o povo já não mais tem memória curta. A rede social passou a ser a maior inimiga dos maus feitores, diga-se maus gestores. Hoje é quase impossível esquecer o que aconteceu no verão passado. Como diz a letra da música ‘Agenda Rabiscada’, da dupla Milionário e José Rico, ”Quem esqueceu não chora, quem chora ainda lembra, quando se esquece rasga, não se rabisca a agenda…”

*Jornalista e Historiador

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