*Por Gervásio Lima –
No momento em que o egocentrismo sufoca a complacência, a melhor maneira de praticar a boa convivência é concordar com o discurso e evitar o acirramento, pois como diz o adágio popular, ‘o mal do sabido é pensar que todo mundo é besta’. A prudência é a arte praticada pelos que têm o dom da sabedoria, aqueles que verdadeiramente sabem viver.
A harmonia é um comportamento coletivo, um estado de equilíbrio e cooperação entre os indivíduos. Quando as divergências atingem um grau de desrespeito, o sinal de alerta deve ser acionado e medidas devem ser tomadas para evitar uma convulsão social.
A arrogância é típica do intolerante, daí a justificativa do afastamento em vez da tentativa de conciliação. Apoiar-se na domesticação do selvagem vai de encontro às regras da natureza cultural e racional. Engana-se quem acredita que aquilo ou aquele desprovido de sensibilidade e sensatez seja capaz de demonstrar ou praticar a compaixão, ser empático.
Perda de tempo disputar espaço com o vazio. Recipiente com furos não armazena líquido. O irracional vive quase que exclusivamente em busca de suas presas, pela necessidade de sobrevivência e procriação. Habituá-lo ao convívio social, fora de sua bolha, é quase sempre uma tarefa impossível.
Não é necessário ter posicionamentos iguais ou semelhantes. O ideal é a convivência harmônica com as diferentes experiências, opiniões e perspectivas. O importante é ter um olhar mais amplo e humano sobre o mundo e suas pluralidades.
“Ô, ô-ô, bicho maluco beleza
Ô, ô-ô, bicho maluco beleza
Bicho maluco beleza do Largo do Amparo
Teu estandarte tão raro, Bajado criou
Usando tintas e cores do imaginário
Ai, quantas dores causaste ao teu caçador” – Bicho Maluco Beleza – Alceu Valença
*Jornalista e Historiador
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