Ingestão de ‘cachaça batizada’ com metanol matou 35 pessoas na Bahia

Na Bahia, em março de 1999, a morte de 35 pessoas depois da ingestão de bebida alcóolica misturada com metanol chamou atenção de todo o país.

Na época os óbitos foram confirmados pela ingestão de cachaça artesanal batizada com metanol. Além dos que morreram, outras 400 pessoas apresentaram sintomas de intoxicação pela ingestão do líquido adulterado. A Polícia identificou alta concentração de metanol na cachaça em vários bares. As amostras colhidas em bebidas e no sangue dos intoxicados apontou que a proporção de metanol para cada 100 ml de álcool variava entre 2,85 e 20 ml.

Os casos foram registrados em 10 cidades, com vítimas fatais em Nova Canaã, Dário Meeira, Ibicuí, Poções e Itiruçu.

As autoridades afirmaram se tratar de uma adulteração criminosa. “Diante da quantidade de metanol encontrada nas amostras, podemos dizer que a contaminação não ocorreu de forma acidental, pelo uso de recipientes com resíduos de metanol, por exemplo. Houve intenção criminosa de lucro por parte dos responsáveis pela fabricação da aguardente”, disse à imprensa local o então secretário de Saúde da Bahia, José Maria de Magalhães.

Na época foram fechados estabelecimentos e decreta as prisões de quatro suspeitos. Um deles chegou a ser preso e os outros fugiram.

SÃO PAULO

O debate voltou à tona após os casos recentes registrados em cidades de São Paulo. Até o momento, pelo menos cinco pessoas morreram pela ingestão de bebida alcoólica adulterada com metanol, e outros casos são investigados.

Pelo menos três pessoas seguem internadas em estado grave. Um jovem de 27 anos está em coma há de mais de 20 dias após ter o cérebro afetado pelo metanol; uma mulher perdeu a visão dos dois olhos e segue hospitalizada; um outro homem também parou de enxergar, teve AVC e ainda está internado.

O que é o metanol

Metanol é nocivo para a saúde e pode causar vários sintomas. A exposição a quantidades significativas do produto pode resultar em náusea, vômito, dor de cabeça, visão turva, cegueira permanente, convulsões, coma, danos permanentes ao sistema nervoso ou morte. Em alguns casos, a substância costuma ser adicionada ilegalmente ao combustível como uma alternativa mais barata ao etanol.

Tomar até mesmo pequenas quantidades pode causar intoxicação. Segundo especialistas, a toxicidade do metanol está relacionada à dose que você toma —e à forma como seu corpo lida com ela. O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) alerta que cerca de 10 ml de metanol puro pode causar cegueira e 30 ml pode ser letal.

Metanol é um álcool líquido, incolor e também conhecido como álcool metílico. Embora semelhante ao etanol na aparência, não deve ser confundido com o álcool usado em bebidas.

Com informações do UOL/Cotidiano

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