O varejo já sente os reflexos do impacto que os ajustes na economia têm tido no bolso e nas expectativas dos consumidores. Pesquisas apontam que a ida dos consumidores às lojas segue em queda e isso começa a ameaçar até mesmo negócios que normalmente sofrem menos nas crises, como alimentação e higiene. Aumentos de preços em razão do câmbio e alta de impostos contribuem para afetar as vendas. Um dos principais termômetros do comércio é o fluxo de clientes nas lojas. De acordo com dados da consultoria Kantar Worldpanel, caiu 9,5% em 2014 a frequência dos consumidores nas lojas do varejo de alimentos e produtos de limpeza e higiene (que inclui supermercados, por exemplo). Mas o mais preocupante é a tendência: uma parte desse efeito vinha sendo compensada porque, a cada ida à loja, o consumidor comprava um volume maior de produtos e o tíquete da compra subia. O crescimento do tíquete médio, porém, desacelerou desde o meio do ano passado. “É possível que a queda na frequência fique ainda mais acentuada em 2015″, diz Carolina Andrade, executiva de Marketing da Kantar.
