Ferramenta de localização de pessoas desaparecidas está abandonada

A cada ano, em média 250 mil pessoas desaparecem no Brasil sem deixar rastro, sendo que 40 mil têm menos de 18 anos, segundo as estimativas oficiais. Ainda que esse seja um problema grave e os números altos, esse é um assunto que pouca atenção tem recebido do poder público. Segunda-feira (25) é Dia Internacional da Criança Desaparecida e uma das tentativas do governo para amenizar o problema ainda não emplacou. De acordo com o R7, o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, lançado em 2010, tinha como proposta montar um banco de dados seguro, para auxiliar na difusão de informações e no esclarecimento dos casos de desaparecimento. O portal lembra que essa ferramenta sofreu uma reformulação em 2013, mas a nova versão não se consolidou como referência na busca dos desaparecidos. Uma cas causas é  a baixa adesão: em setembro de 2013, eram apenas 305 casos cadastrados. Depois de quase dois anos, os inscritos não chegam aos 400.O site foi desenvolvido pela SDH/PR (Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República) em parceria com o Ministério da Justiça e qualquer pessoa pode registrar casos de desaparecimento. Segundo os órgãos oficiais, antes dos casos serem repassados, as informações são submetidas à análise de uma equipe especializada. Ainda segundo o R7, a sensação que o site passa é de abandono. Isso porque, na página principal, um banner anuncia a Semana de Mobilização Nacional para Busca e Defesa da Criança Desaparecida, realizada de 25 a 31 de março de 2013. Para Ivanise Esperidião da Silva, que após o desaparecimento da filha ajudou a fundar a ONG Mães da Sé, a ferramenta é negligenciada. “Há crianças que estão no site e que já foram localizadas. Eles não fazem controle. Nós (da ONG) ligamos para a família para saber se a pessoa foi encontrada. Não somos o governo, gastamos dinheiro com ligações telefônicas, dependemos da sociedade para manter nosso trabalho. E eles têm toda uma infraestrutura e não fazem o trabalho da forma correta”, diz. CONTINUAR LENDO…

Ela ainda avalia que o problema não é tratado como deveria pelo poder público. “Pessoas desaparecidas não dão voto. Não temos nenhum deputado federal, nenhum senador que se interessem pela causa. Vivemos à mercê da própria sorte”.  A reportagem do R7 também ouviu Sandra Moreno, ativista da causa. Para ela, o cadastro do governo federal não tem utilidade prática. Sandra é autora do Projeto de Lei de Iniciativa Popular “pela pessoa desaparecida no Brasil” e afirma que “Nós chamamos de “cadastro da vergonha nacional”. Não nos serve para nada. Estão nos chamando de idiota. Não encontro outra palavra”. O advogado Ariel de Castro Alves afirma que “hoje, uma criança desaparece em um Estado. Mesmo com o boletim de ocorrência, não há uma interligação de informações entre os Estados. Se uma criança for encontrada em São Paulo, ninguém vai saber que ela consta como desaparecida em outro Estado. Por não estar nesse cadastro e por não haver um sistema único entre as secretarias estaduais de segurança pública”. Em nota, a SDH/PR destaca que o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos “é um instrumento do governo federal que requer a adesão voluntária dos Estados”. Acrescentou que marca “o envolvimento de agentes de segurança pública, governos de estado, conselhos tutelares e da sociedade no enfrentamento pleno desta problemática”. Enfatiza também que os registros do cadastro levam em conta o sigilo das informações pessoais. (Notícias ao Minuto)

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