Bahia registra duas primeiras mortes por chikungunya em 2016

Bahia registra duas primeiras mortes por chikungunya em 2016

Bahia registra duas primeiras mortes por chikungunya em 2016O Brasil registrou as primeiras mortes por chikungunya desde que o vírus foi identificado no Brasil, em 2014. Foram três casos. Dois registrados na Bahia e um, em Sergipe. Todos os pacientes tinham idade avançada (85,83 e 75 anos) e traziam histórico de doenças crônicas.

Além dos óbitos, boletim divulgado nesta sexta-feira, 15, pelo Ministério da Saúde traz outro sinal de alerta: o número da doença praticamente duplicou em três meses e os casos já chegam ao Sudeste. Até o fim de setembro, haviam sido contabilizadas 12.691 infecções. No relatório mais recente, foram informados 20.661 casos, um aumento de 62%.

A doença também se pulverizou. Num período de três meses, o número de cidades com registro de casos saltou de 36 para 83, além do Distrito Federal. A lista de Estados atingidos cresceu de forma expressiva: de 4 para 10, além do Distrito Federal. Pela primeira vez, o Rio figura entre os estados com circulação de casos: 12 ao todo.

Transmitido pelo Aedes aegypti, a chikungunya provoca sintomas semelhantes ao de sua prima mais conhecida, a dengue. Há um risco menor de ela provocar hemorragias. Por outro lado, pacientes com o vírus têm queixas mais frequentes de dores e limitações nas articulações – um problema que pode se tornar crônico.

O avanço dos casos da doença no Brasil, como o Estado revelou semana passada, é uma clara mostra de que o número de criadouros de Aedes aegypti é expressivo. O coordenador do Programa de Nacional do Controle de Dengue, Giovanini Coelho, afirma que desde que o vírus foi identificado, há um esforço para preparar os serviços de assistência para a doença e orientar profissionais de saúde sobre como atender os pacientes.

Quando a chikungunya desembarcou no Brasil, infectologistas e autoridades sanitárias previam um surto da doença, a exemplo do que ocorreu em outros países. A previsão não se concretizou mas, a julgar pelos últimos meses, a expansão da doença começa a ganhar ritmo.

Uma das possibilidades para esse comportamento, afirma Coelho é que de alguma forma os vírus dengue, chikungunya “competem” entre si, porque têm um vetor em comum. “A hipótese é a de que, com maior circulação de dengue, o chikungunya encontra maior dificuldade de expansão.”

A expectativa é que, diante da epidemia de grandes proporções de dengue registrada no País, o número de pessoas suscetível ao vírus tenha se reduzido – abrindo, então, espaço para maior circulação do chikungunya e do zika. Esse é o grande temor das autoridades sanitárias. No caso das duas doenças, a esmagadora maioria da população é suscetível, pois nunca teve contato com vírus.

Dengue é transmitida por quatro sorotipos (1,2,3 e 4). Cada vez que a pessoa é infectada por um sorotipo, ela desenvolve imunidade, mas somente para o subtipo a que ela foi exposta. Ela somente terá a doença se for infectada por outro sorotipo. Zika e chikungunya, por outro lado, apresentam apenas um subtipo.

Coelho atribuiu as mortes por chikungunya ocorridas no Brasil ao fato de pacientes infectados pelo vírus terem uma idade avançada e doenças pré-existentes. “Há um risco maior nesses casos. A infecção pode desestabilizar outros problemas que pacientes já apresentam.”

Estadão-Conteúdo

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