Com impacto da crise, Dia das Mães do consumidor deve ser de lembrancinhas

O apelo sentimental do Dia das Mães deverá movimentar o comercio no mês de maio, mas não o suficiente para reverter a crise que o varejo tem enfrentado nos últimos meses. Segundo pesquisa do Boa Vista SCPC, nesse dia das mães, apenas seis em cada dez brasileiros pretendem comprar presentes para as mamães esse ano. Ano passado, a média foi de oito em cada dez. O levantamento mostra ainda que o valor médio dos presentes encolheu esse ano em 28%. Em 2015 o gasto médio foi de 274 e esse ano será de R$ 197. O reflexo desse comportamento já vem sendo percebido pelo comércio. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), acredita que as vendas no período devem recuar 4,1%, em relação ao ano passado. A expectativa, mais otimista, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-BA) é que os números sejam parecidos com os de 2015. “Se a gente conseguir vender o mesmo que vendemos no ano passado, a perda será entre 8% e 10%, melhor do que os 16% de retração que amargamos no primeiro trimestre”, diz Carlos Andrade, presidente da Fecomércio-BA. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Salvador espera que a data incremente as vendas em 30%, em relação a abril, e apresente queda de, pelo menos, 5%, em comparação com o Dia das Mães de 2015, quando, vale lembrar, o varejo já desacelerava. A estimativa de Frutos Dias, presidente da entidade, é que o ticket médio para a data fique em torno de R$ 100. Em enquete realizada no site do CORREIO, a faixa de preço entre R$ 51 e R$ 100 foi a mais escolhida pelos leitores, com 41,2% dos votos. Em segundo lugar, com 36% das respostas, está o público que se disse disposto a gastar até R$ 50 no mimo de Dia das Mães. Entre os presentes que estão no topo das listas dos filhos para suas mães estão roupas (25,8%), acessórios (25,8%) e os cosméticos (21,8%).

Como economizar?
Por conta do cenário econômico adverso, muitos filhos estão buscando para o Dia das Mães deste ano presentes que sejam mais em conta que os dados no ano passado. Em 2015, a contadora Andrea Meira gastou cerca de R$ 150 com um kit de beleza para dona Terezinha, sua mãe. Nesse ano, ela quer gastar menos: “vai ser mais barato”. “Devo comprar um perfume ou um sapato, mas com certeza vai ser mais barato. Também vou pagar à vista porque a gente nunca sabe o dia de amanhã ”, explica a contadora. Andreia disse que irá realizar as compras às vésperas da data quando é mais fácil, segundo ela, encontrar promoções. Sobre o presente que ela deve receber dos filhos, a contadora acredita que será algo mais simbólico. “Acho que será uma lembrancinha, como um cartão”, acredita Andrea. A estudante Luana Souza deve gastar metade do valor pago no ano passado para comprar o presente de sua mãe. “No último Dia das Mães, comprei uma pulseira e chocolates, que custaram cerca de R$ 100. Esse ano, vou gastar no máximo R$ 50”, diz. Para o economista Oswaldo Guerra, a tendência para este ano é que os presentes sejam restritos a pequenos mimos. “O consumidor está cauteloso e deve comprar apenas pela lembrança, e as mães vão entender esse cenário de forte crise e alto índice de desemprego”. Na hora de escolher a forma de pagamento, Guerra sugere que o consumidor opte pelo pagamento à vista e que peça descontos. “O uso do cartão é válido quando a loja não dá nenhum abatimento no pagamento à vista, mas o consumidor deve pagar a fatura integralmente”, diz. Se for dividir, o economista diz que é preciso guardar o dinheiro da parcela, para não correr o risco de cair no crédito rotativo. O cartão de crédito e o cheque especial são os principais inimigos do bolso do consumidor. “A taxa de juros do cartão de crédito e do cheque especial bateram recordes e é preciso estar atento para não criar uma dívida impagável”, alerta o economista Gustavo Casseb. Uma pessoa que compra um celular hoje, no valor de mil reais, utilizando o cartão de crédito, pode ter um débito de mais de R$ 5 mil reais após 12 meses, caso não pague a fatura. “Com a taxa de juros entre 400% e de 450% no ano, o cartão de crédito é um dos maiores vilões. Uma compra de mil reais que não seja paga vai implicar uma cobrança de pelo menos R$ 4 mil de taxas e encargos. Somada com o valor da compra, a dívida sairá por mais de R$ 5 mil”. O economista reprova a utilização do cheque especial para pagar o cartão de crédito. “Trata-se de um crédito muito caro, com taxas de juros que chegam a 300% ao ano”, finaliza.

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