Mais de 100 cientistas pedem adiamento da Olimpíada por causa do vírus Zika

Mais de 100 cientistas pedem adiamento da Olimpíada por causa do vírus Zika

Pesquisadores de pelo menos 15 países assinaram uma carta aberta para a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Comitê Olímpico Internacional (COI) na qual pedem o adiamento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro ou a troca de local do evento em nome “da saúde pública” devido à presença do vírus Zika na cidade.

Mais de 100 cientistas pedem adiamento da Olimpíada por causa do vírus Zika

Segundo o documento, é desnecessário que cerca de 500 mil pessoas do mundo todo se exponham a um vírus e ainda corram o risco de levar a seus países de origem, aumentando as chances de tornar a doença endêmica em outras regiões. No Brasil, especialistas sugerem que o vírus Zika chegou em situação de alta circulação de turistas, no período da Copa do Mundo.

A descoberta de que, quando o Zika infecta gestantes, pode ocasionar problemas neurológicos nos bebês e, ainda, de que o vírus está relacionado ao desencadeamento da Síndrome de Guillain-Barré são motivos citados no documento para que a Olimpíada seja adiada ou disputada em outra sede.

Na carta, os cientistas ressaltam que os Jogos Olímpicos de 1916, 1940 e de 1944 foram cancelados por causa de doenças. A pesquisadora Débora Diniz, da Universidade de Brasília, é a única signatária brasileira da carta.

Desde que a OMS decretou emergência em saúde pública de importância internacional devido ao Zika, em fevereiro deste ano, a organização tem feito recomendações para os turistas que visitam o Brasil. Entre os conselhos, estão o uso de repelente e roupas que evitem picadas de mosquitos, a escolha de acomodações com ar condicionado, que se evitem locais sem água encanada e o uso de preservativo quando for fazer sexo. Para as gestantes, a recomendação é não viajar para locais onde o Zika é endêmico.

Ministério da Saúde responde

Em resposta à carta, o Ministério da Saúde divulgou nota dizendo que o Zika está presente em 60 países e que a população brasileira representa 15% das pessoas expostas ao vírus.

“Vale destacar que o período em que serão realizadas as Olimpíadas no Brasil é considerado não endêmico para transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti, como Zika, dengue e chikungunya”, destaca a nota. Em 2015, por exemplo, agosto foi o mês com menor incidência de casos de dengue no país.

O ministério ressalta ainda o fato de a OMS não ter feito nenhuma recomendação para restrição de viagens, exceto às grávidas.

Segundo a pasta, a diretora geral da OMS, Margaret Chan, confirmou que virá aos Jogos Olímpicos, “o que deve ser interpretado como um simbolismo da segurança deste período de baixa a transmissão do vírus Zika”.

Nesta semana, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, apresentou ao COI dados que mostram a “baixa incidência” da circulação de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti em agosto, período da competição. Barros destacou, na ocasião, a contratação de 2.500 profissionais de saúde temporários, entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e outras áreas par reforçar o atendimento nos hospitais federais do estado.

Por meio da assessoria de imprensa, o COI disse que o evento ocorrerá no cronograma estabelecido e com total segurança para todas as pessoas envolvidas. De acordo com o comitê, o zika é assunto que tem sido discutido frequentemente.

EBC

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