Atentado do Estado Islâmico em Bagdá deixa pelo menos 200 mortos
Subiu para 200 o número de pessoas mortas em um ataque terrorista reivindicado pelo Estado Islâmico, no centro de Bagdá, na manhã do último domingo (3), revelou um dos responsáveis pelo Conselho de Segurança de Bagdá, Mohamed al-Rubaye. O ataque ocorreu quando um caminhão-bomba foi detonado no bairro central de Karrada, revelaram autoridades.
Ainda segundo autoridades locais, os trabalhos de busca não foram concluídos e pode haver mais vítimas em meio aos destroços. Ao menos doze pessoas ainda estão desaparecidas e outras 190 sofreram ferimentos, afirmou um oficial que preferiu não se identificar.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, que marca a primeira ofensiva dos terroristas após a retomada, no mês passado, da cidade de Fallujah por autoridades iraquianas. Uma série de derrotas na Síria e no Iraque, desde o outono passado, levaram os militantes a reverter suas ações para táticas de guerrilha, com ataques suicidas contra civis em áreas urbanas.
Estado Islâmico
Em comunicado divulgado pela internet, o grupo terrorista Estado Islâmico disse que tinha como alvo uma reunião de um grupo de pessoas xiitas. O grupo militante sunita e outros extremistas sunitas rejeitam os xiitas, considerados politeístas.
O atentado em Karrada reacendeu uma crise sobre a situação de deterioração da segurança na capital. Quando o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, visitou o local horas depois da explosão, multidões furiosas o xingaram, chamando-o de ladrão e atirando objetos em sua direção.
Na noite do último domingo, Abadi emitiu comunicado anunciando um aumento dos esforços de segurança e inteligência e ordenou que o uso de um dispositivo de detecção de bombas, amplamente criticado, deveria ser desativado, segundo a Associated Press.
Autoridades informaram que ataques menores foram realizados nos arredores de Bagdá após a explosão do caminhão-bomba, matando 10 e ferindo outros 31.