Policiais civis do Distrito Federal aprovaram em assembleia, uma paralisação geral de 48 horas válida a partir das 8h desta quinta (4). O período inclui a estreia de Brasília como subsede da Olimpíada Rio 2016. Segundo o sindicato, o movimento tem adesão de delegados e agentes de investigação. O estádio Mané Garrincha recebe dois jogos de futebol masculino na tarde desta quinta, na estreia da modalidade na competição. Às 13h, Iraque e Dinamarca se enfrentam em campo. Logo após, às 16h, a seleção brasileira joga com a África do Sul no Mané. O funcionamento de uma delegacia no interior do Mané Garrincha, sob a arquibancada, também deve ser suspenso. O G1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública, com a Procuradoria-Geral do DF e com o Palácio do Buriti para saber se o movimento será questionado na Justiça, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O sindicato diz que aguardava uma reunião com representantes do governo ainda nesta quarta, o que não ocorreu. Em coletiva no último dia 28, a secretária de Segurança Pública, Márcia de Alencar, afirmou que não temia o “boicote” de policiais civis e militares, que chegou a ser sugerido pelo deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) em uma reunião com PMs no início de julho. Segundo ela, as tentativas já tinham sido afastadas. “Os plantões estarão reforçados e garantidos independentemente das circunstâncias de adesão à greve. A operação [na Olimpíada] se dá principalmente no policiamento de rua e em operações de salvamento, feitos pela PM e pelos Bombeiros. A greve [dessas corporações] é um crime militar, a tentativa de alguns grupos já está distante”, disse à época.

