Os candidatos a chefe da Defensoria Pública da Bahia (DP-BA) apresentaram suas propostas de gestão em um debate voltado para a classe, realizada pela Associação dos Defensores Públicos (Adep-BA). A candidata Mônica Soares, que atua na instituição há dez anos, foi a primeira sorteada a falar. Ela defendeu avanços no perfil da Defensoria. “Nós precisamos sair desse viés meramente assistencialista e caritativo e partir para um salto de qualidade na atuação, transindividual, que nos permita atingir o maior contingente de pessoas”, pontuou, complementando que essa necessidade é diante do aumento do público da instituição nos últimos anos, reforçado pela crise econômica brasileira. Mônica enfatizou que os defensores são “agentes de promoção de cidadania” e “agentes transformadores”. Outro ponto defendido pela candidata é a equidade da carreira com a magistratura e Ministério Público. No debate, ela criticou que, apesar da crise, juízes, promotores, procuradores e desembargadores, tiveram seus aumentos salariais garantidos. “Que discurso é esse [de crise] que só cola com a Defensoria Pública do estado?”, questionou. Para ela, enquanto essa desigualdade não for superada “manteremos esse grau de instabilidade com as demais carreiras”. “Eu não posso me apequenar diante do papel da Defensoria Pública, porque a Defensoria que eu acredito é essa. É uma defensoria pública que se conscientiza do seu papel de instituição de defesa. É aquela Defensoria que fomenta políticas públicas para superar desigualdades, é a Defensoria que vai propor políticas públicas construtivas, que nos leve ao estado prestacional mais efetivo. É uma Defensoria que aponte no estado as deficiências, que aponte violação de direitos humanos”, destaca. A candidata já atuou nas comarcas de Alagoinhas e Salvador, nas áreas de família, na Coordenadoria Especializada do Idoso, e em varas de Fazenda Pública e Cíveis. Mônica Soares foi assessora de Vitória Bandeira, entre os anos de 2013-2015. Atualmente, trabalha na área de relação de consumo de Salvador.

