A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu uma investigação sobre o suposto repasse de US$ 80 milhões do Grupo J&F aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff em contas no exterior. O procedimento investigatório criminal foi instaurado após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin remeter à procuradoria trechos dos depoimentos de executivos da JBS. Lula e Dilma não têm direito ao chamado foro privilegiado. Na delação premiada, Joesley Batista, dono da JBS, afirmou que, em 2009, foi criada uma conta para repasses a Lula, que totalizaram US$ 50 milhões. Em 2010, ainda de acordo com o delator, foi aberta outra conta, para enviar valores a Dilma, para a qual foram enviados US$ 30 milhões. Os valores, segundo o delator, seriam contrapartida a um financiamento de R$ 2 bilhões, concedido em 2011, para a construção de uma fábrica da Eldorado Celulose. O caso envolvendo o suposto repasse é investigado em Brasília em razão de suspeitas de desvios no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Segundo relatos de delatores da JBS, a empresa corrompeu políticos para ter incentivos fiscais e conseguir dinheiro no BNDES e em fundos de pensão.
