Dezenas de ativistas protestaram nesta última terça-feira contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua política migratória em frente à Casa Branca por ocasião do Dia Internacional dos Refugiados. Durante o dia estabelecido pelas Nações Unidas, os ativistas se manifestaram para expressar solidariedade aos que buscam asilo nos Estados Unidos, exigir que o governo lhes dê refúgio e ressaltar suas contribuições ao país. Com cartazes de boas-vindas, os manifestantes celebraram a “força e perseverança” dos refugiados e criticaram as “políticas discriminatórias” de Trump. Gentille Runyambo, uma jovem que fugiu do Congo devido à perseguição sofrida pelo grupo étnico ao que pertence e que é cidadã americana há um ano, destacou à Agência Efe a necessidade de que seu novo país aumente a acolhida às pessoas que escapam de situações perigosas. “Eu estive nesse lugar, nesse barco, no lugar dos refugiados. Acredito que a minha voz tem que ser escutada e que, quando todos nos unimos, somos poderosos”, afirmou Runyambo. Por sua parte, Omar Al-Muqdad, um jornalista e cineasta sírio que escapou da guerra civil, ressaltou à Efe sua responsabilidade pessoal em participar em protestos como o de hoje e ajudar os que ainda temem pelas suas vidas nos seus países. “Vivemos em uma época de muita retórica de ódio, na era de Trump e na de um governo que é altamente contrário aos migrantes e aos refugiados. Com a minha história pessoal quero mostrar que não somos o que alguns pensam e que escapamos de guerras porque não temos outra opção”, comentou Al-Muqdad. Já Sirine Shebaya, do grupo em defesa dos direitos dos muçulmanos Muslim Advocates, lembrou o “nível sem precedentes de medo e de ódio” contra os refugiados e exigiu o fim do veto do presidente a imigrantes de países de maioria islâmica que será analisado agora no Tribunal Supremo dos EUA.
