Ligação da família Bolsonaro com as milícias é antiga, diz Haddad em Lisboa

Candidato derrotado à Presidência em 2018, Fernando Haddad (PT) afirmou, após evento organizado pelo núcleo do PT em Lisboa, que “a relação da família Bolsonaro com as milícias é histórica”.

Foi revelado nesta terça (22) que um dos filhos do presidente -o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)- empregou em seu gabinete na Assembléia Legislativa do Rio a mãe e a mulher de um ex-policial suspeito de comandar milícias no Rio.

O ex-prefeito de São Paulo aproveitou para ironizar a falta de explicações de Flávio Bolsonaro quanto às movimentações atípicas de dinheiro em sua conta.

“Se o filho [Flávio Bolsonaro] conseguir explicar essa evolução patrimonial ele deveria substituir o Paulo Guedes, porque ele seria um gênio. Fica aqui o compromisso de que nós não o acusaríamos de nepotismo”, disse Haddad.

O petista afirmou que as denúncias sobre a evolução patrimonial de Bolsonaro e seus parentes não são novas. “Tem uma matéria da Folha de S.Paulo do ano passado que fala que a evolução patrimonial da família Bolsonaro não foi explicada. Tem aquisição de imóveis por valores muito abaixo do mercado. Em 2008 a própria esposa dele deu declarações que a renda dele superava R$ 100 mil à época”, declarou.

“Como é que alguém consegue tudo isso com salário de deputado?”, indagou. Na última parada em uma visita à Europa em que tem se encontrado com lideranças locais da esquerda, Haddad participou de um debate na capital portuguesa juntamente com o ex-ministro Tarso Genro (PT-RS).

Em vários momentos do evento, Fernando Haddad aproveitou para ironizar e desqualificar a capacidade de articulação de pensamentos do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Em Davos, o presidente sequer conseguiu falar o que queria. […] O sujeito teve 30 anos para se preparar e faz um discurso daquele em seis minutos”, comentou.

Ex-ministro da Educação, Haddad criticou também os rumos do ministério e a possibilidade de uma eventual censura à prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). “Quem é o Bolsonaro para julgar o trabalho de um educador? Uma pessoa que não consegue articular dez palavras”, comparou.

Nesta quarta, antes de voltar ao Brasil, o petista deve se encontrar com representantes da chamada geringonça, a aliança de partidos de esquerda que sustenta o governo do primeiro-ministro socialista António Costa.

 

 

Folha

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