

Fruto de uma iniciativa da Secretaria de Agricultura em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e a Vigilância Sanitária. O encontro teve como foco a conscientização sobre práticas mais seguras e sustentáveis no setor, abordando temas diretamente ligados à saúde pública, bem-estar animal e preservação ambiental. Participaram do encontro a engenheira ambiental, técnica de meio ambiente e representantes da direção da fiscalização sanitária, que reforçaram a necessidade de um olhar mais atento para o descarte de resíduos, especialmente ossos, e as consequências do abate clandestino. Um dos pontos de destaque foi a preocupação com o descarte incorreto de ossos, como o caso recente do acúmulo de resíduos próximo ao adjacente do bairro. Mesmo após a coleta anterior, os resíduos voltaram a ser descartados de forma inadequada, o que representa risco grave à saúde da população e dos animais. Segundo os especialistas, ossos contaminados podem abrigar bactérias perigosas, como as causadoras do botulismo, que já resultaram em perdas significativas a produtores locais. Além disso, foi discutida a campanha de vacinação contra a febre aftosa, ressaltando a importância de proteger o rebanho e também os seres humanos, já que se trata de uma zoonose. Outro ponto alarmante é a brucelose, doença altamente contagiosa, que também representa ameaça direta à saúde pública. A reunião também tratou das dificuldades enfrentadas pelos açougueiros para realizar abates em frigoríficos, uma vez que estes estão localizados em outras cidades, elevando o custo com transporte. No entanto, os representantes da Vigilância Sanitária foram enfáticos ao alertar que, em caso de denúncia ao Ministério Público, as penalidades podem ser ainda mais severas do que os custos operacionais. Nesse contexto, foi ressaltada a existência de normas específicas para o abate de animais, previstas pelo DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal), do Ministério da Agricultura e Pecuária. Essas normas têm força de lei e visam garantir a legalidade do abate, a segurança sanitária dos produtos de origem animal e a proteção à saúde da população. O não cumprimento dessas diretrizes pode acarretar sanções administrativas e legais, além de prejuízos à imagem e à credibilidade dos estabelecimentos envolvidos. Como solução prática, foi proposta a contratação de uma empresa especializada para coletar os resíduos (ossos) e transformá-los em produtos como farinha para compostagem. Também foram destacadas orientações sobre cuidados com a mineralização do rebanho, descarte correto de ossos e a vacinação dos animais. Outro destaque importante foi a necessidade de montar um plano de ação e buscar linhas de crédito que auxiliem os produtores a se adequarem às exigências sanitárias, especialmente diante da retirada da vacinação obrigatória contra a febre aftosa. A ADAB (Agência de Defesa Agropecuária da Bahia) também seguirá acompanhando de perto essas questões, com ações fiscalizatórias constantes.
Por fim, foi reforçado que, no dia 1º de julho, terá início o recadastramento do produtor rural, uma oportunidade fundamental para atualização de dados e acesso a políticas públicas voltadas ao setor. Essa iniciativa mostra o compromisso da Prefeitura de Várzea Nova em promover o diálogo entre os setores e garantir práticas mais seguras, conscientes e responsáveis, protegendo a saúde da população, o meio ambiente e fortalecendo a cadeia produtiva local.
Fonte: Assessoria Geral de Comunicação
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