O torcedor palmeirense acusado de fazer gestos racistas direcionados a paraguaios durante o jogo entre Palmeiras e Cerro Porteño, pela Libertadores, se defendeu afirmando que imitava uma galinha. A equipe paulista foi multada em US$ 50 mil (cerca de R$ 286 mil) pela Conmebol.
De acordo com o Uol, o Palmeiras vai acatar a decisão e cobrará na Justiça que o torcedor responsável pela punição ressarça o clube pelo prejuízo financeiro causado.
Em conversa com a reportagem do Uol, o advogado do acusado diz que o cliente nega ter feito o gesto racista em direção aos torcedores paraguaios que acompanhavam a partida no Allianz Parque. Segundo ele, a torcida visitante estaria emitindo sons de macaco.
Após o registro do B.O., a polícia civil decidiu pelo indiciamento do torcedor. O inquérito corre em sigilo, e por isso o nome do autor não é divulgado.
"Meu cliente somente agiu em legítima defesa, respondeu a várias ofensas. O jogo inteiro foi xingado. Segundo meu cliente, o time adversário tinha treinado no dia anterior no CT do Corinthians — que tem a galinha como apelido... Foi nesse sentido. Ele agiu no impulso querendo responder às injustas ofensas que vinham do camarote", disse Patah ao Uol.
Além de ter que arcar com a multa da Conmebol, o torcedor foi excluído do programa de sócios do Palmeiras e bloqueado no sistema de venda de ingressos para os jogos do clube como mandante. Essas e outras ações do Palmeiras diminuíram o prejuízo da punição emitida pela entidade sul-americana.
O torcedor não concorda com o pagamento da multa. "Entendemos [a cobrança como] indevida. Meu cliente respondeu a várias injustas ofensas vindo do camarote do time adversário", concluiu o advogado.
Fonte: Bnews