Graças ao forte desempenho da agropecuária e pelo mercado de trabalho aquecido, que impulsiona a demanda por serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 1,4% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o último trimestre do ano passado.
O percentual apresentado nesta sexta-feira (30) pelo IBGE está acima das expectativas projetadas no início do ano pelo mercado financeiro, que apostava em um crescimento em torno de 0,8% a 1% para o período. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.
O índice apurado também ficou acima da prévia do PIB apresentada pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que projetava uma alta de 1,3% no comparativo do primeiro trimestre deste ano com o último do ano passado.
De acordo com o IBGE, na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB do período janeiro-fevereiro-março de 2025 teve crescimento de 2,9%, enquanto no acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB registrou elevação de 3,5%. O PIB atual marcou a 17ª taxa positiva consecutiva (o último resultado negativo foi no segundo trimestre de 2021, quando o PIB ficou em -0,7%).
Na composição do resultado do PIB nos três primeiros meses do ano, o peso maior foi do setor agropecuário, que registrou aumento de 12,2%.
Conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), divulgado no mês de maio, condições climáticas favoráveis impactaram o desempenho de algumas culturas. Entre os produtos com safra no 1º trimestre que apresentaram crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade, destacam-se: soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).
“A agropecuária está sendo favorecida pelas condições climáticas favoráveis e conta com uma baixa base de comparação do ano passado. É esperada uma safra recorde de soja, nosso produto agrícola mais importante”, afirmou a coordenadora do Sistema de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
O setor de serviços, com alta de 0,3%, também teve boa contribuição. Já a Indústria apresentou pequena variação negativa (-0,1%), considerada estabilidade.
Em valores correntes, forem gerados R$ 3,0 trilhões, sendo R$ 2,6 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 431,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
Entre as atividades de Serviços, que têm peso de aproximadamente 70% da economia do país, segundo o IBGE, houve crescimento em Informação e comunicação (3,0%), Outras atividades de serviços (0,8%), Atividades imobiliárias (0,8%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,6%) e Comércio (0,3%).
Pela ótica da demanda, destaque para a expansão da Despesa de Consumo das Famílias (1,0%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (3,1%), enquanto a Despesa de Consumo do Governo (0,1%) registrou estabilidade.
Em relação ao setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram variação positiva de 2,9% ao passo que as Importações de Bens e Serviços cresceram 5,9% em relação ao quarto trimestre de 2024.
Fonte: Bahia Notícias