O "RoboCup", Campeonato Mundial de Robótica e Inteligência Artificial, iniciou a fase de competições nesta quinta-feira (17) e abriu as portas ao público, até o próximo domingo (20), com acesso gratuito.O evento acontece no Centro de Convenções de Salvador, na orla da Boca do Rio.
Ao todo, são 15 categorias e 45 equipes brasileiras na disputa por títulos. Considerada a "copa do mundo de robôs", a competição é realizada anualmente, sempre em um país diferente. Esta é a segunda vez que o Brasil recebe o evento, e a primeira na capital baiana.
Ao todo, seis times baianos participam do RoboCup: três na divisão major, destinada a maiores de idade, e quatro na júnior, destinada aos menores.
Os times vêm de quatro organizações diferentes: a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e o Colégio da Polícia Militar (CPM) - Unidade Lobato, ambos da capital baiana, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifba) de Eunápolis, no extremo sul, e o Colégio Nossa Senhora de Fátima, em Vitória da Conquista, sudoeste do estado.
O Brasil compete em todas as modalidades, entre elas futebol de robôs, cuidados domésticos, resgates em áreas de risco e drones. Os representantes baianos disputam nas categorias "Home", "Flying Robots", "Soccer Simulation", "Rescue Júnior", "On Stage Júnior" e "Soccer Júnior".
A programação reúne 40 delegações de diversos países, como Estados Unidos, Japão e China, além de mais de 2 mil competidores.
Soccer (futebol)
As regras do futebol para robôs se assemelham às tradicionais para os humanos, com escanteios, faltas, pênaltis, dois tempos de jogo e até saída de bola no meio de campo.
Nesse caso, os robôs são separados entre humanoides e não-humanoides. Aqueles que tem partes semelhantes às humanas jogam em até dois campos diferentes, separados por um tamanho maior e outro menor.
Para vencer, os times humanoides precisam marcar mais gols que o adversário em um determinado tempo. Segundo Thiago Pedro, responsável local pela modalidade, os robôs são autônomos e precisam ser treinados para sair com a vitória.
Cada robô tem um computador, ele toma sozinho a decisão de partir em direção à bola, parar próximo a ela e executar o chute quando entender que deve. Cada estudante se ocupa de uma parte do processo de treinamento e deixa a máquina pronta para entregar 100% no dia das competições, disse Thiago.
Aqueles que não parecem humanos e correm com rodas, e não pernas, são os não-humanoides. Como principal diferença, essa sub-categoria explora a velocidade, o dinamismo e a interação entre os "jogadores".
Essas máquinas podem andar até 2 metros por segundo. As regras são quase as mesmas, com a diferença de que, se um time abrir 10 gols à frente do adversário, a partida é encerrada antes do fim do tempo regulamentar.
Fonte: G1 / Foto: Reprodução