A vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) protocolou nesta terça-feira (19) uma denúncia no Ministério Público de São Paulo pedindo investigação sobre a responsabilidade dos pais do influenciador Vinicius Oliveira Santos, conhecido como “Boca de 09”, adolescente que vem acumulando grande visibilidade nas redes sociais. A parlamentar também acionou o Conselho Tutelar para apurar o caso.
Segundo Vettorazzo, a exposição precoce do jovem envolve situações que levantam preocupações quanto à proteção de sua integridade física e psicológica. Na denúncia, ela citou episódios como encontros com modelos de OnlyFans, participação em festas com consumo de álcool e drogas ilícitas e registros em que ele teria conduzido um veículo sem habilitação.
O caso mais recente ocorreu na semana passada, quando Boca de 09 foi abordado por policiais militares em São Paulo enquanto dirigia o carro da mãe. Na ocasião, ele admitiu em transmissão ao vivo que “estava tudo errado”, já que não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o veículo acumulava multas. Apesar disso, foi liberado pelos agentes, que ainda posaram para uma foto ao lado do adolescente.
Na representação, Vettorazzo classificou o episódio como “completamente inaceitável”:
“Essa imprudência, usando o veículo da mãe, coloca em risco a vida de todos ao redor, inclusive a dele mesmo. Por isso, denunciei ao Ministério Público e ao Conselho Tutelar. A gente não pode aceitar que nossas crianças passem por isso e que outras se inspirem nela”, escreveu.
O documento também relembra outros momentos polêmicos envolvendo o influenciador, como a ocasião em que ele teria aparecido alcoolizado durante um show, provocando uma briga, e quando posou com um cordão de ouro pertencente a uma liderança do Comando Vermelho.
“É inconcebível que o influenciador esteja em festas, aparentemente alcoolizado, divulgando casas de apostas e com comportamento deliberadamente descabido a sua idade”, aponta o texto.
Para a vereadora, há indícios claros de negligência dos responsáveis legais do adolescente, já que sua imagem é explorada em situações impróprias para a idade, servindo de influência a outros jovens. Por isso, ela defendeu a necessidade de atuação urgente dos órgãos competentes:
“Esse caso precisa de apuração do Ministério Público e do Conselho Tutelar para que a integridade do menor seja garantida e que os responsáveis sejam responsabilizados pelas condutas que vêm sendo expostas nas redes sociais”, concluiu.
Fonte: Bnews