Lewandowski diz que Lula ficou ‘estarrecido’ com mortes em operação

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou, no início da tarde desta quarta-feira (29/10), que o governo Lula não foi informado sobre a megaoperação realizada pelas polícias do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, nessa terça-feira (28/10), que resultou em mais de 130 mortes.

Lewandowski disse que o presidente Lula pediu um levantamento detalhado sobre o que ocorreu no local e contou que o petista ficou “estarrecido” com o número de mortes.

“O presidente inicialmente pediu que nós fizéssemos um apanhado geral do que aconteceu. O presidente ficou estarrecido com o número de ocorrências fatais que se registraram no Rio de Janeiro. Também, de certa maneira, se mostrou surpreso que uma operação desse envergadura fosse desencadeada sem conhecimento do governo federal”, declarou o ministro.

“Diante deste quadro, da magnitude do problema, o presidente determinou que nós imediatamente nos dirigíssemos ao Rio de Janeiro, eu e o diretor-geral da Polícia Federal [Andrei Rodrigues], para nos encontrarmos com o governador do estado [Cláudio Castro], o que ocorrerá ainda hoje à tarde para avaliarmos a situação conjuntamente e verificarmos como é que podemos apoiar o povo do Rio de Janeiro”, prosseguiu.

Além do ministro da Justiça e do diretor da PF, a comitiva do governo federal será composta pelas ministras Anielle Franco, da Igualdade Racial, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos e Cidadania. O grupo embarca para o Rio de Janeiro às 15h.

O titular da pasta federal ressaltou ainda que, para ser instaurada uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro, é necessário um pedido formal do governador, reconhecendo “a incapacidade das forças locais de enfrentarem essa turbulência, agitação e ameaças à segurança pública”.

“De início, já oferecemos e colocamos vagas à disposição no nosso sistema [prisional] federal de alta segurança para a transferência das lideranças das facções criminosas”, explicou o ministro sobre as medidas que estão sendo tomadas. Ao todo, 10 criminosos serão encaminhados ao sistema prisional federal.

Lewandowski prosseguiu: “Também estamos dispostos a colaborar com peritos criminais, médicos legistas, sejam da Força Nacional, seja da PF, polícias de outros estados. Temos também um banco de dados de DNA, de balística, muito bem operado pela Polícia Federal. Isto para elucidar os crimes, para identificarmos os mortos, para sabermos se são pessoas ligadas a organizações criminosas ou não, isto de imediato já podemos colocar à disposição”, esclareceu.

O ministro ressaltou que novas ações de apoio podem ser anunciadas após a reunião com o governador Cláudio Castro. “Vamos ouvir o governador, saber o que ele precisa. Podemos, eventualmente, aumentar os contingentes da Força Nacional, se for o caso, que já está lá desde 2023”, disse.

“É uma operação complexa. Não há bala de prata para resolver essa situação. Nós estamos nos encaminhando para o Rio de Janeiro para verificar o que o governo precisa e o que podemos ajudar”, pontuou.

Fonte: Metrópoles / Foto: Breno Esaki

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