Ministra revela plano para combater invasão de terras na Bahia

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, afirmou que a pasta está desenvolvendo um plano de gestão territorial para dar fim aos conflitos dos povos indígenas por acesso a terra, como vêm acontecendo no extremo-sul baiano.

“O Ministério dos Povos Indígenas vem desenvolvendo com um grupo de servidores discutindo um plano de gestão territorial e ambiental para as aldeias e os povos indígenas. Alguns com garantias de recursos", disse a ministra ao Grupo A TARDE nesta quinta-feira, 13, durante participação no Bom dia, Ministra.

Durante entrevista, Guajajara também comentou sobre a motivação das intensas disputas por espaço entre os povos originários e os latifundiários. Segundo ela, a ausência de fiscalização dos poderes públicos neste território facilitou as invasões e explorações ilegais.

“Nós tivemos a ausência do Poder Público dentro dos territórios indígenas, o que favoreceu as invasões dos territórios, as explorações ilegais e até entrada ilegal de não indígenas dentro desse território”, afirmou a ministra.

Ela ainda complementou: “O que nós temos articulado é para que a gente consiga avançar nos processos demarcatórios, afinal de contas, a maior exigência dos povos indígenas da Bahia, é a regularização dos povos indígenas”.

Uma das soluções encontradas pelo ministério, de acordo com Guajajara, foi a instalação da presença da Força Nacional de Segurança nos territórios indígenas e mencionou a articulação com o governo Jerônimo (PT).

“Para poder enfrentar esse momento de conflito que existe com muita frequência, os indígenas solicitaram a presença da Força Nacional. Nós, com articulação, com o Ministério Nacional da Justiça e com o governador Jerônimo, a gente tem garantido a presença da Força Nacional dentro dos territórios indígenas e ocupantes dos territórios, ou mesmo esses conflitos fundiários com fazendeiros”, concluiu.

Pai e filho mortos em Itamaraju: Força Nacional reforça segurança após conflito

O policiamento na cidade de Itamaraju, no extremo sul da Bahia, foi reforçado após morte de pai e filho em meio a um conflito entre indígenas e assentados que acontece na região.

Os mortos foram os assentados Alberto Carlos dos Santos, de 60 anos, e o filho dele, Amauri Sena dos Santos, de 37.

Uma outra vítima, identificada como Joabson Lima Alves dos Santos, que também é filho de Alberto, foi socorrido e levado para um hospital da região e está em estado grave.

Prorrogação da atuação da Força Nacional de Segurança

O Ministério de Justiça e Segurança Pública prorrogou a atuação da Força Nacional no Extremo Sul da Bahia, onde está em ação desde abril. A região é palco de constantes conflitos agrários entre indígenas e donos de terras.

Conforme nota oficial divulgada pelo governo do estado nesta quinta-feira, 17, a Força Nacional atuará especificamente em áreas de interesse e serviços da União, em regime de cooperação com as autoridades locais, contando com o apoio contínuo das forças estaduais de segurança pública, que seguem com presença ativa e permanente na região.

Ainda de acordo com o comunicado, a vinda da FN ao estado acontece após o governo acolher a sugestão do Ministério da Justiça e Segurança Pública — corroborada pelo Ministério dos Povos Indígenas e pelo Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba).

Fonte: A Tarde / Foto: Bruno Peres

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