Há muitas opniões, concordâncias e discordâncias quando o assunto e educação inclusiva, isso se deve, em muitos casos, pela falta de informação ou pensamento retrógrado que muitos possuem.
O primeiro ponto para se entender sobre o assunto é se entender enquanto pessoa, seja você neurotípico, neurodivergente ou que possua algum outro tipo de deficiência. Quando você entende o lugar que ocupa nesta sociedade fica mais fácil de saber quais os seus direitos, pelo que você deve lutar e o que o Estado tem obrigação de te proporcionar.
Ultimamente temos visto muitas notícias de maus tratos nos ambientes escolares sofridos por pessoas com deficiência. Seja a sua deficiência visível ou “invisível”, tenho certeza que já passou por alguma situação constrangedora ou traumática, pois o sistema falido tende a perpetuar este tipo de comportamento desprezível, mas isso não é justificativa para permanecermos reproduzindo isso.
“Quando se abre a discussão sobre o processo inclusivo na educação sempre nos vem à mente de imediato, ou é assunto nas rodas de conversas, a necessidade de capacitação dos professores, o que sem sombra de dúvida é extremamente relevante e necessária mas não é apenas isso que faz com que o processo inclusivo se dê de maneira eficiente.” (Moraes, Cláudia. 2023)
A psicopedagoga Cláudia Moraes destaca muito bem em seus trabalho o juramento feito pelos acadêmicos de magistério, estes que quando concluem o curso entoam: “Prometo, como pedagogo, respeitar e cumprir as normas e princípios éticos que norteiam o exercício de minha profissão, participando profissionalmente da construção do ser humano íntegro, da humanidade e da pátria. Prometo, no exercício da minha profissão, atuar com dignidade e consciência, na busca de uma educação libertadora, respeitando a individualidade de cada aluno. Assim, eu juro.”
É preciso olhar para a matriz do problema, o centro da contrariedade profissional e sistemática. É necessário entender que a escola lida com seres humanos e não com números, não devemos ser contados pelos números de carteiras que ocupamos, mas sim pelos sentimentos que nós temos e pela cabeça com que pensamos.
Conforme a lei n.º 13.005, pelo Plano Nacional de Educação (PNE), escolas brasileiras devem garantir um sistema inclusivo. Alunos entre 4 e 17 anos com necessidades especiais têm o direito de serem matriculados em classes comuns a todos.
A educação inclusiva é pautada na liberdade e pluralidade dos discentes e docentes. É uma educação voltada à formação completa e livre de preconceitos, que reconhece as diferenças e dá a elas seu devido valor. Para ela acontecer, é fundamental a criação de redes de apoio aos educadores.
Fonte: TV SERTÃO LIVRE
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