A cidade de Jacobina, na Chapada Diamantina, vive uma crise na gestão da saúde: falta de médicos, insumos, medicamentos e atrasos no pagamento dos salários profissionais foram o alicerce para o município ser palco de diversas situações desastrosas.
Uma das situações mais agravantes que vale destacar foi a de Novembro do ano passado, no Hospital Antônio Teixeira Sobrinho, quando uma enfermeira fez um procedimento de amputação de uma perna sem os equipamentos de proteção individual (EPI).
No último sábado, dia primeiro de abril, a classe médica da cidade realizou uma manifestação cobrando melhorias. O protesto teve apoio do Cremeb e do Sindmed, com cerca de 100 profissionais nas ruas.
Durante o protesto os médicos e apoiadores da manifestação relataram sobre a negligência da atual gestação com a saúde, criticaram o descaso e falta de comprometimento do prefeito Tiago Dias (PC do B).
“Há falta de medicamentos e insumos dentro dos hospitais, assim como nos postos de saúde. Além do atraso salarial de todos profissionais da saúde. Médicos, enfermeiros, fisioterapeuta e psicólogos”, iniciou o relato em entrevista ao CORREIO.
“A atual gestão assumiu com mais de 80 médicos atendendo desde CAPS, Upas e hospitais. Hoje, alguns psf foram fechados por falta de recursos humanos, insumos, material médicos a medicamentos. Inclusive, o CRO-BA fechou 3 unidades da odontologia por inconformidades. Falta até água em alguns postos”, completou.
O movimento foi apartidário e pacífico, pois o objetivo não era levante bandeiras ou polarizar a política, mas era unicamente lutar pela melhoria da saúde pública na cidade.
Muitos médicos deixaram de atender no setor público pela falta de pagamento do salário, além das condições de trabalho atual serem desastrosas. Pois não tem estrutura, insumos ou equipamentos para que os funcionários trabalhem.
Alguns manifestantes relataram sobre o assédio moral feito por parte da gestão e ameaças frequentes aos profissionais que declaram a falta de pagamentos. Ou seja, para além de tudo não existe segurança institucional, baseada em em valores morais, sociais e éticos.
A Secretaria Municipal de Saúde declarou seu apoio para a manifestação, o projeto também foi apoiado e aprovado pela Câmara municipal de Vereadores.
“Além disso, encaminhou junto ao Governo do Estado, projeto que vai requalificar o Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho em Hospital Materno — Infantil. Desta forma, estamos consolidando propostas concretas para a resolução definitiva das demandas relativas à saúde municipal, em breve, teremos melhorias significativas no atendimento da população”, disse a Prefeitura, em nota.
Oliveira afirma que não houve explicação sobre quais serão os serviços prestados pela nova empresa no hospital municipal e também não foi informado o tempo que vai demorar as obras de conversão do hospital em uma unidade Materno-Infantil. Questionada sobre os prazos, a prefeitura não se manifestou.
Fontes: Correio 24 horas/Tv Sertão Livre
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