Jutahy Magalhães Júnior (PSDB) foi denunciado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, no Supremo Tribunal Federal (STF), por irregularidades na prestação de contas da campanha de 2010. O deputado federal baiano é investigado de ter recebido verba por “caixa 3” do grupo Odebrecht.
O parlamentar informou ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) ter recebido R$ 30 mil das empresas Leyroz de Caxias Indústria e Logística e Praiamar Indústria, Comércio e Distribuição. No entanto, de acordo com a PGR, as investigações instauradas a partir de colaboração premiada confirmaram que a doação foi feita pelo Grupo Odebrecht. Outros três que intermediaram a dissimulação das informações referentes à doação também foram denunciadas. Tratam-se de Benedicto Barbosa da Silva Júnior e dos empresário Walter Faria, do grupo Petrópolis, e Roberto Luiz Ramos Fontes Lopes, dono da Leyroz e da Praiamar.
O deputado federal denunciado nesta sexta-feira (14) confirmou ter recebido a doação da empreiteira e também que, na prestação de contas, a doação foi atribuída às empresas Leyroz de Caxias Indústria e Logística e Praiamar Indústria, Comércio e Distribuição. A prática ilícita é definida como “Caixa 3”, termo usado para as doações eleitorais feitas a políticos pelo Grupo Odebrecht por intermédio de outras pessoas jurídicas.
Jutahy Magalhães negou ter cometido irregularidades na campanha eleitoral de 2010 e disse que não tem motivos para esconder as doações que recebeu de empresas na época. O parlamentar relatou que sua prestação de contas registra valores dados pela Odebrecht. Por isso, ele não precisaria esconder os repasses com o nome de outras empresas.
BN