Dois vídeos que circulam desde a última quinta-feira (28) em redes sociais e aplicativos de mensagens vêm causando bastante polêmica e dividindo opiniões na cidade de Jacobina (BA). Nas imagens, quatro jovens [algumas, possivelmente, menores de idade] dançam e encenam uma coreografia com forte apelo à sensualidade.
Poderia ser apenas mais um episódio de mulheres rebolando ao som do chamado pancadao, não fosse pelo lugar que serviu de cenário para a sapequice do grupo de adolescentes. Nada menos que o hall de entrada do Hospital Regional Vicentina Goulart (HRVG), fechado há mais de cinco anos, foi o cenário escolhido pelas dançarinas para a sessão “reboleixon”.
Opiniões se dividiram na internet e em outros meios de comunicação da cidade. Os críticos questionam o fato de as garotas aparentarem ser menores de idade. Ou ainda: quem teria feito as imagens e como entraram em área privativa do hospital? A depender das respostas, o caso poderia até parar na delegacia.
Por outro lado, há quem não veja nenhum ato imoral ou ilegal na performance das garotas. O espírito de transgressão, próprio da faixa etária das envolvidas, e o exibicionismo tão presente nos dias atuais, certamente, influenciam esse tipo de aventura que na maioria dos casos busca audiência e “likes” nas redes sociais.
Imoralidade seria deixar cair no esquecimento uma ausência tão cara à população de Jacobina e região como tem sido a do HRVG. Desde o seu fechamento houve uma piora considerável nos atendimentos de urgência e emergência, causando a perda de muitas vidas.
O lado positivo desse baile funk hospitalar, que nem os seus participantes previram, é lembrar o fechamento do hospital, como também relembrar as promessas de sua reabertura feitas por políticos de todas as ideologias partidárias, mas que até o momento não se concretizaram.