Recentemente em Jacobina e região com as fortes chuvas, presenciamos os problemas causados pela má gestão da drenagem urbana nos municípios.
Destruição das vias públicas, alagamentos e inundações de imóveis públicos e privados.
A falta de drenagem urbana é real em praticamente todas as cidades do Brasil. Como é uma obra que fica enterrada, a drenagem é relegada a segundo plano. As ruas pavimentadas sem os serviços básicos de infraestrutura, rede de água, rede de esgoto às vezes e galerias de águas pluviais é muito raro.
Todos estes problemas citados que anualmente afetam as nossas cidades são lembrados e comentados somente na época das chuvas, depois caem no esquecimento.
A rápida urbanização com consequente impermeabilização do solo e a ocupação desordenada, só fazem aumentar a intensidade dos danos.
Todos estes problemas não se resolvem apenas com obras estruturais. Existem soluções não convencionais, também chamadas de medidas não estruturais. Ações que envolvem educação da população quanto à destinação adequada dos resíduos sólidos, a não utilização dos bueiros como deposito de lixo, a não utilização de redes de esgoto para drenar água de chuva.
A impermeabilização do solo dificulta a absorção das águas de chuva, com aumento no volume que escoa superficialmente. Retardar o escoamento superficial com a utilização de pavimentos permeáveis, aqueles que possuem espaços livres na sua estrutura onde a água pode penetrar e reduzem as enxurradas.
Foto: Projeto Pavimentação do Loteamento Jacobina Park a ser lançado
A cobrança não deve ser somente ao poder público, consciência ecológica, coletiva de cada um em contribuir com atitudes e práticas sustentáveis de um bem coletivo.
Fica a Reflexão: Porque construímos nas margens dos rios dando as costas e escondendo o mais belo?
Fonte: http://conic-semesp.org.br/anais/files/2016/trabalho-1000021742.pdf
Engº Civil: José Prinz